quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Ser mãe de menina



Um dia sonhei assim...

Quero ser mãe de uma menina que ande de marias-chiquinhas pela casa empurrando um carrinho de bonecas,
Que trombe nos móveis às risadas,
Brinque com meus sapatos de salto,
Faça roupinhas para suas barbies descabeladas.
Quero ser mãe de uma garotinha que fique com as bochechas coradas de correr.
Que suba em árvores...
Uma moleca bonitinha, que coma fruta do pé e limpe a boca na manga da blusa de crochê,
Que tome sopa fazendo barulho sem querer.
Quero ser mãe de uma menina de lindo olhar,
Que ria escondido,
Que pregue peças,
Brinque de vídeo-game com o pai
fique brava quando perder
E quando tiver de tomar bronca,
que saia a correr descalça pela casa,
Que goste de sorvete com chantili.
Que seja a primeira da classe e
seja elogiada por isso, a danadinha!
Quando adolescente, que chore vendo um filme,
Que ganhe seu primeiro sutiã,
Que escove os cabelos para dormir,
Que chore no meu ombro a primeira decepção,
Que quando mulher, saiba que não é facil ser mãe...
mas tenha o mesmo sonho que eu:
sonhe e "seja mãe de uma menina"!

terça-feira, 3 de setembro de 2013

"Mães más"


O Dr. Carlos Hecktheuer, médico psiquiatra, publicou uma interessante reflexão, que transcrevo aqui para os pais:

Um dia, quando meus filhos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e as mães, eu hei de dizer-lhes: Eu os amei o suficiente para ter perguntado aonde vão, com quem vão e a que horas regressarão.
Eu os amei o suficiente para não ter ficado em silêncio e fazer com que vocês soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia.
Eu os amei o suficiente para fazê-los pagar as balas que tiraram do supermercado ou revistas do jornaleiro, e fazê-los dizer ao dono: “Nós pegamos isto ontem e queríamos pagar.”
Eu os amei o suficiente para ter ficado em pé junto de vocês, duas horas, enquanto limpavam o seu quarto, tarefa que eu teria feito em 15 minutos.
Eu os amei o suficiente para deixá-los assumir a responsabilidade das suas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração.
Mais do que tudo, eu os amei o suficiente para dizer-lhes “não”, quando eu sabia que vocês poderiam me odiar por isso (e em certos momentos, até odiaram).
Essas eram as mais difíceis batalhas de todas. Estou contente, venci... Porque no final vocês venceram também! E em qualquer dia, quando meus netos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e as mães, quando eles lhes perguntarem se sua mãe era má, meus filhos vão lhes dizer:
Sim, nossa mãe era má. Era a mãe mais má do mundo...
As outras crianças comiam doces no café e nós tínhamos que comer cereais, ovos e torradas.
As outras crianças bebiam refrigerante e comiam batatas fritas e sorvete no almoço e nós tínhamos que comer arroz, feijão, carne, legumes e frutas. E ela nos obrigava a jantar à mesa, bem diferente das outras mães que deixavam seus filhos comerem vendo televisão.
Ela insistia em saber onde estávamos a toda hora (ligava para o nosso celular de madrugada) e “fuçava” nos nossos e-mails. Era quase uma prisão.
Mamãe tinha que saber quem eram nossos amigos e o que nós fazíamos com eles. Insistia que lhe disséssemos com quem íamos sair, mesmo que demorássemos apenas uma hora ou menos.
Nós tínhamos vergonha de admitir, mas ela “violava as leis do trabalho infantil”, pois tínhamos que tirar a louça da mesa, arrumar nossas bagunças, esvaziar o lixo e fazer todos esses trabalhos que achávamos cruéis. Eu acho que ela nem dormia à noite, pensando em coisas para nos mandar fazer no outro dia. 
Ela insistia sempre conosco para que lhe disséssemos sempre a verdade e apenas a verdade. E quando éramos adolescentes, ela conseguia até ler os nossos pensamentos. 
A nossa vida era mesmo chata. Ela não deixava os nossos amigos tocarem a buzina para que saíssemos; tinham que subir, bater à porta, para ela os conhecer. E, enquanto todos podiam voltar tarde, à noite, tendo apenas 12 anos, tivemos que esperar até os 16 para chegar um pouco mais tarde, e aquela chata ainda se levantava para saber se a festa foi boa (só para ver como estávamos ao voltar).
Por causa de nossa mãe, nós perdemos imensas experiências na adolescência: nenhum de nós esteve envolvido com drogas, em roubo, em atos de vandalismo, em violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime. FOI TUDO POR CAUSA DELA!
Agora que já somos adultos, honestos e educados, estamos a fazer o nosso melhor para sermos “pais maus”, como minha mãe foi.
Eu acho que este é um dos males do mundo de hoje: omissão. Falta de amor!

(Extraído do livro "Educar pela conquista e pela fé" de Professor Felipe Aquino)

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Tagarelices

Bom, faz bastante tempo que não escrevo, tem tantas coisas acontecendo por aqui... Pra resumir as aulas do Pedro só voltaram ontem (depois de 1 mês inteirinho em casa) e agora com a Bea bípede o "trabalho esta dobrado".
Mas precisava passar por aqui para registrar as tagarelices da Bea. Como minha bonequinha esta esperta e faladeira! Com 17 meses a pequena fala e repete tudooooo! Algumas coisinhas fofas que fala:

  • Mamãe
  • Papaí
  • Pepê (Pedro)
  • Pepo (quando está brava com o irmão)
  • Aggi (cachorro)
  • Quieto
  • Eu téio (eu quero seguido do que quer)
  • Poque (por que)
  • Águ, ága (água, suco, leite)
  • Tênis (todos os calçados)
  • Alô
  • Tau tau (tchau)
  • Bãio (Banho)
  • Eu, meu
  • Dodói
  • Auuuu (dor)
  • Olio (olho)
  • Gato
  • Cauo (carro)
  • Cal (calça)
  • Mão, pé
  • Peá (pêra), 
  • Pão (pão, biscoitos, bolachas)
  • iPad (tablet)
  • Sélio (serio)
  • Amo (amo vc)
Enfim, essas são algumas das muitas palavrinhas que Beatriz está usando no seu dia a dia. Fofurices de Bia!

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Você é boa mãe

“Para a mãe que amamenta: Parabéns! É realmente um presente maravilhoso para dar ao seu filho, pela quantidade de tempo que você conseguir! Você é uma boa mãe. 
Para a mãe que dá fórmula (LA): A ciência não é incrível? Pensar que houve uma época em que o bebê de uma mãe com produção insuficiente sofria, mas agora? Uma vida melhor com ajuda da química! Você é uma boa mãe.

Para a mãe das fraldas de pano: Bumbuns macios são mais fofos e tão amigos da conta bancária. Você é uma boa mãe.
Para a mãe das fraldas descartáveis: Caramba, essas coisas seguram bem, e é excelente não ter que se preocupar com vazamentos e com lavar roupa! Você é uma boa mãe.
Para a mãe que fica em casa: Posso imaginar que não seja fácil fazer o que você faz, mas passar esses anos preciosos com seus filhos deve ser incrível. Você é uma boa mãe.
Para a mãe que trabalha fora: É maravilhoso poder manter sua carreira, você é um exemplo positivo para seus filhos em diversas maneiras, é fantástico. Você é uma boa mãe.
Para a mãe que teve que alimentar seus filhos de comida pronta a semana toda porque estava muito esgotada para cozinhar ou fazer compras: Você está alimentando seus filhos, e olha, aposto que eles não estão reclamando! Às vezes a sanidade pode ser encontrada em uma caixa vermelha com um imenso M amarelo. Você é uma boa mãe.
Para a mãe que deu aos filhos café da manhã, almoço e jantar feitos em casa a semana toda: Excelente! Uma boa nutrição é importante, e eles estão aprendendo a aproveitar comida saudável desde cedo, uma dádiva para a vida toda. Você é uma boa mãe.
Para a mãe com os filhos sentados quietinhos e com boas maneiras no restaurante chique: Parabéns, é preciso muito para manter a ordem com as crianças em um lugar onde eles não podem correr por aí. Você é uma boa mãe.
Para a mãe com a criança tendo uma crise no corredor dos cereais: Eles sempre escolher os lugares mais vergonhosos para perder a cabeça, não? Todas nós passamos por isso. Você é uma boa mãe.

Para as mães que julgam outras mães por QUALQUER UM dos items acima?
Teto de vidro, amiga. Teto de vidro.”

Texto extraído da fan page Beautifully Bella Faith.
Tradução: Nathalia R Ferreira Donato.

sábado, 1 de junho de 2013

Palavras pequenas

Voltando, depois de um tempinho longe (volto em outro post pra contar onde estivemos), com as últimas da Bea.
Minha bebê, com 1 ano e 3 meses está super fofa, alegre, esperta e tagarela.
Ela tem falado muitas coisinhas (claro que poucas eu tenho entendido rsrs):

Mamãe ( e suas variações)
Paííí - papai
Au-au
Miau (imitando o sonzinho do gato) lindo!
Cáca - Sujeira
Bô - acabou
Aggi - nome nosso cachorro
Cocô
Mão
Pão - ela usa pra pão, biscoito e outra guloseimas
Este/esse - tudo o que quer
Dá/Tó - quando que algo rs
Cáô - carro
Popó - galinha
Não
Béééé - Nariz rsrs
Bol - bola
Papá - comida
Olha - mostrando alguma coisa
Batata
Gal - água
Fôr - Flor

domingo, 12 de maio de 2013

Que mãe é essa?


Tem bicho mais estranho do que mãe? 
Mãe é alma contraditória. 
É alegria no choro. 
É carinho na raiva. 
É o sim no não. 
Só mãe mesmo pra ser o oposto... 
E depois o contrário de novo. 
Vai ver que é porque filho não vem com manual de instrução; e pra conduzir as crias no mundo, ela usa só de intuição, pra tentar fazer tudo direito. 
Mas como pode ser assim, tão incoerente? 
Ela diz: 
Filho, você não come nada... 
E logo se contradiz: 
Para de comer, que eu tô botando o jantar! 
E aí ela lamenta: 
Ai, que eu não vejo a hora desse menino crescer! 
Mas logo se arrepende: 
Deixa que eu faço, você ainda é uma criança... 
E quando ela manda: 
Tira essa roupa quente, menina! 
E logo em seguida: 
Veste o casaco, quer pegar um resfriado? 
Esse menino dorme demais... 
Esse menino não descansa... 
Essa menina vive na rua!... 
Filha, sai um pouquinho, vai pegar um sol... 
Pois é, gente, que pessoa é essa que jura que nunca mais... 
E no momento seguinte promete que vai ser pra sempre? 
Essa pessoa é assim mesmo: 
Igual e diferente de tudo o que a gente já viu. 
É a fortaleza que aguenta o tranco, só pra não ver o filho chorar. 
É o sorriso de orgulho escondido, só pra não se revelar. 
Mãe dá uma canseira na gente. 
E às vezes tira do sério... 
Até que um dia a gente se depara com uma ausência insuportável: 
É a mãe que vai embora, deixando um vazio enorme, escuro, silencioso.
E aí descobre que, mesmo errando, ela sabia de tudo, desde o início. 
E fez de tudo pra acertar. 
Porque criar filho não tem regra - é doação e amor simplesmente.
Então, se você tiver privilégio de abraçar sua mãe nesse segundo domingo de

maio, agradeça, porque o presente é seu. E esteja certo:
Mesmo sem manual de instrução, ela continua aí, atrapalhada, contraditória... 
Mas com o olhar atento, querendo entender como você funciona. 
E fazendo de tudo pra você não falhar. 
(Texto de Lena Gino)

FELIZ DIA DAS MÃES À TODAS AS MAMÃES!

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Gente, meu Pedrinho está lendo!

Já tem um tempo que o Pedrinho (agora com 5 anos) começou a escrever suas primeiras palavrinhas.
Todas as vezes que quer escrever algo, soletramos as sílabas, fazemos os sons dos fonemas... Agora chegou a vez da leitura.
Começamos a escrever as palavras no box do banheiro (durante o banho). Alguns dias atrás comecei a escrever as palavrinhas em um caderno, e Pedro vem melhorado sua leitura mais a cada dia. Nos divertimos muito "brincando" de ler.
É lindo ver meu pequeno descobrindo o "incrível e mágico universo das letrinhas"!

terça-feira, 7 de maio de 2013

Saiba todo mundo foi neném

Ontem na hora de dormir estava conversando com o Pedrinho quando ele me faz uma pergunta muito inteligente e ao mesmo tempo intrigante:
- Mãe, se todo mundo já foi bebê um dia, de onde veio o primeiro bebê? E quem cuidou dele?
Logo me lembrei da história Bíblica de Adão e Eva. Mas como explicar para uma criança de 5 anos que "teoricamente" Adão foi criado a partir da terra à imagem e semelhança de Deus e Eva criada da costela de Adão? Como explicar que eles nunca foram bebês (ou foram?).
Fui honesta e disse não ter a resposta, mas prometi que iria procurar e logo voltaríamos ao assunto... Mas e agora?Socorroooo!

quarta-feira, 1 de maio de 2013

O melhor presente

Ontem Pedrinho estava fazendo seu compromisso (tarefa) e como não podia deixar de ser o tema era "dia das mães". No enunciado foi pedido que ele procurasse em revistas ou desenhasse presentes que ele gostaria de dar pra mamãe.
Coloquei as revistas na mesa e lá foi ele começar a busca... Dado momento, após ter recortado um vestido, virou pra mim e disse:
- Olha mãe, vou ter que falar uma coisa... O presente que eu queria mesmo te dar não existe em nenhuma revista.
Eu:
- É mesmo? E qual é esse presente?
Ele:
- Amor!
Claro que eu me emocionei, beijei, abracei... Disse que ele já me dá amor todos os momentos, etc. Mas ele não se conformou e tanto procurou que consegui encontrar na revista algo que expressasse esse sentimento, esse amor... Um coração.
E depois disso me pergunto... Preciso de mais? 
Lindo, lindo!

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Que dó da mamãe!

Dando almoço pras crianças, Bea "resolve" comer seu macarrão sozinha, vezes com o garfinho outras com as mãos (imaginaram a cena?). Ao terminarem, além de tirar as coisas da mesa, começo a limpar a Bea, juntar o macarrão do chão, cadeirinha e mesa, tirar a roupa da pequena e colocar (a roupa, embora a bebezinha também precisasse rsrs) de molho... Pedro me olha com olhar de piedade e dispara: Coitadinha de você mamãe, sempre tem que fazer tudo sozinha... Tô até com dó de você!

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Mãe (Desnecessária)


Recebi este texto, gostei muito e transcrevo para compartilhar com vocês aqui no Mamãe Coruja. 

MÃE (DESNECESSÁRIA)

"A boa mãe é aquela que vai se tornando desnecessária com o passar do tempo. 
Várias vezes ouvi de um amigo psicanalista essa frase, e ela sempre me soou estranha. 
Chegou a hora de reprimir de vez o impulso natural materno de querer colocar a cria embaixo da asa, protegida de todos os erros, tristezas e perigos. Uma batalha hercúlea, confesso. 
Quando começo a esmorecer na luta para controlar a super-mãe que todas temos dentro de nós, lembro logo da frase, hoje absolutamente clara. Se eu fiz o meu trabalho direito, tenho que me tornar desnecessária.
Antes que alguma mãe apressada me acuse de desamor, explico o que significa isso.
Ser “desnecessária” é não deixar que o amor incondicional de mãe, que sempre existirá, provoque vício e dependência nos filhos, como uma droga, a ponto de eles não conseguirem ser autônomos, confiantes e independentes. Prontos para traçar seu rumo, fazer suas escolhas, superar suas frustrações e cometer os próprios erros também. 
A cada fase da vida, vamos cortando e refazendo o cordão umbilical. A cada nova fase, uma nova perda é um novo ganho, para os dois lados, mãe e filho.
Porque o amor é um processo de libertação permanente e esse vínculo não pára de se transformar ao longo da vida. Até o dia em que os filhos se tornam adultos, constituem a própria família e recomeçam o ciclo. O que eles precisam é ter certeza de que estamos lá, firmes, na concordância ou na divergência, no sucesso ou no  fracasso, com o peito aberto para o aconchego, o abraço apertado, o conforto nas horas difíceis.
Pai e mãe - solidários - criam filhos para serem livres. Esse é o maior desafio e a principal missão.
Ao aprendermos a ser “desnecessários”, nos transformamos em porto seguro para quando eles decidirem atracar."

"Dê a quem você Ama :
- Asas para voar...
- Raízes para voltar...
- Motivos para ficar... " - Dalai Lama

Autoria - Marcia Neder

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Assim são os filhos

Vi esse texto em alguns sites/blogs... Por tê-lo achado muito lindo e verdadeiro trouxe pra vocês.
Filhos:
Eles são o nó no meu cabelo. O esmalte descascado na minha unha, as olheiras no meu rosto.
Eles são o brinquedo na gaveta de roupas, o amassado nas páginas do meu livro, o rasgado no meu caderno de anotações.
Eles são o melado no controle remoto, o canal de televisão, o filme no DVD.
Eles são o farelo no sofá, as tesouras no alto.
Eles são o backup no computador, o mouse escondido, as cadeiras longe da janela.
Eles são a marca de mão nos móveis, o embaçado nos vidros, o desfiado nos tecidos.
Eles são o ventilador desligado, a porta do banheiro fechada, a gaveta da cômoda aberta.
Eles são o coque na minha cabeça, o amarrotado nas roupas, as frutas fora da fruteira, os panos de prato amarrando os armários.
Eles são o meu shampoo cheio de água, a espuma no chão do banheiro, o brinquedo dentro da privada.
Eles são o interruptor nas tomadas. Eles são o peixe no aquário, a árvore de natal, os "pisca-pisca" de todas as casas. 
Eles são o círculo, o susto.... 
A primeira visão da lua no começo da noite....
O valor do trabalho, a vontade de aprender, a minha força, a minha fraqueza, a minha riqueza.
Eles são o aperto no meu peito diante de uma escada, a ausência de sono diante de uma febre.
Eles são o meu impulso, o meu reflexo, a minha velocidade.
O cheirinho no meu travesseiro, o barulho, a metade, o azul.
Eles são o vazio triste no silêncio de dormir, o meu sono leve durante a noite.
Eles são o meu ouvido aguçado enquanto durmo. A minha pressa de levantar da cama, a minha espera de bom dia.
Eles são o arrepio quando me chama, a paz quando me abraça, a emoção quando me olha.
Eles são meu cuidado, a minha fé, o meu interesse pela vida, a minha admiração pelas crianças, o meu respeito pelas pessoas, o meu amor por Deus.
Eles são meu ontem, o meu hoje, o meu amanhã.
Eles são a vontade, a inspiração, a poesia. A lição, o dever.
Eles são a presença, a surpresa, a esperança.
A minha dedicação. A minha oração. A minha gratidão. O meu amor mais puro e bonito. A minha vida!
(autoria desconhecida)

quinta-feira, 28 de março de 2013

Beatriz - agora bípede!

Beatriz já estava há um bom tempo andando muito bem segurando em nossos dedos ou apoiada em algum móvel, mas nada de se soltar, andar sozinha.
Dois dias atrás comecei a colocar um tecido em volta de sua cintura, apoiando o corpinho para andar... Hoje amarrei uma fralda de pano em seu corpinho, fiquei na frente dela e chamei, e não é que minha pequena deu seus primeiros passinhos em minha direção? Fiz isso mais algumas vezes e depois tirei o pano de vez, e Bea continuou a andar, daquele jeito meio cambaleante, desengonçada, engraçadinha.
E foi assim, dando a segurança que ela precisava, perto de completar 1 ano e 2 meses, respeitando o momento dela, que a bonequinha deu seus primeiros passos.
Claro que assim como aconteceu com o Pedro estou super feliz e emocionada, vibrando a cada passinho da minha pequena Beatriz.

quarta-feira, 27 de março de 2013

Uma festa à moda antiga

No início de março Pedrinho completou seu 5º aniversário e para a comemorar optamos por fazer uma festa menor, em casa.
Como convidados estavam 10 amiguinhos mais próximos e queridos.
A decoração teve como tema os Angry Birds.



A comida foi simples - crepes, salsichas no palito, pastel, pipoca... As crianças também puderam se deliciar com chocolates e gomas coloridas.
Para brincar alugamos um escorregador inflável, e estavam disponíveis bolas e  outros acessórios. Como choveu (por aproximadamente 1 hora) liberei a área interna da casa e o quarto e brinquedos do Pedro, além dos vídeo-games rs.


Foi uma festa muito divertida, bem ao estilo "festa de antigamente". Valeu a pena cada momento!
Além de super econômico, percebi que as crianças se divertiram muito mais!

E para finalizar ouço a seguinte frase do Pedro: 
- Mãe, esse foi meu melhor aniversário! Foi a melhor festa, os melhores doces, a melhor lembrancinha, os melhores brinquedos, os melhores presentes e "principalmente" os melhores amigos!

sexta-feira, 15 de março de 2013

Um caminhar diferente!

Beatriz já vem há um tempo ensaiando seu caminhar, aliás já anda muito bem de mãozinhas dadas comigo por exemplo, mas ainda tem um certo receio de se soltar e acaba arriscando apenas dois ou três passinhos sozinha.
Dai que ontem Bea inventou um novo jeito de se locomover, de andar diferente... Algo entre engatinhar e andar muito engraçado, vejam só:

quarta-feira, 13 de março de 2013

A Historia da Páscoa


Hoje recebi via compartilhamento do Facebook um vídeo lindo feito por um grupo de amigos, chamado Voa Flor, narrado e encenado por crianças, contando a história da Páscoa. É um vídeo lindo  e emocionante!
Achei válido compartilhar, espalhar a sementinha do amor, do verdadeiro significado da Páscoa com vocês. Vamos mostrar aos nossos pequenos, ensinando que a grande lição de Jesus é amor.

Vídeo: a História da Páscoa
Grupo: Voa Flor

segunda-feira, 11 de março de 2013

FELIZ ANIVERSÁRIO PEDRINHO!


Hoje é aniversário do Pedrinho!
Meu coração se enche de orgulho por ter um filho tão cheio de vida, tão inteligente, tão perfeito!
Agradeço a Deus por ter te confiado a mim meu pequeno príncipe!
Feliz Aniversário Filho!

sábado, 2 de março de 2013

Mãe, por que ninguém olha pra mim?

Estávamos no mercado, fui levar o Pedro no banheiro... Na esteira rolante um casal simpático olhou pra trás e viu a Bea, que estava no sling e achou fofa, começou a fazer comentários de como ela era linda, falar dos seus belos olhos azuis, que parecia uma boneca... Pedrinho só ficou olhando. Quando o casal se afastou ouvi do Pedro uma pergunta que doeu no coração:
- Mãe, por que ninguém olha pra mim?
Fiquei espantada com a pergunta, confesso que por um momento não sabia o que dizer. 
- Como assim filho? Claro que as pessoas olham pra você!
- Não, ninguém olha pra mim, ninguém fala comigo.
Tirei da "cartola" uma resposta bem fraquinha:
- Filho, a mamãe é mágica e fez você ficar invisível para que as pessoas não fiquem te olhando, porque eu fico com ciúmes.
Claro que meu pequeno não engoliu a história.
Comentei com o pai que acabou explicando para o Pe que os bebês costumam chamar muito mais atenção. Mas aquilo não bastou e percebi um Pedrinho bastante chateado.
A questão é que esse comportamento infelizmente é normal para a maioria das pessoas, ignorar aquele serzinho mais velho que está ali ao lado, como se ele não existisse.
Puxa, sei que os bebês atraem a atenção, mas falta sensibilidade nas pessoas de perceberem que ali está uma criança cheia de sentimentos, um menino lindo, um irmãozinho mais velho que, embora seja seguro de si, às vezes fica carente, querendo que olhem pra ele, que o notem.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Estrelando: Pedro e seus amigos imaginários

Na semana passada recebi uma ligação da diretora do colégio onde o Pedro estuda me perguntando o que eu achava dele dar uma entrevista para a RPC TV (Paraná Tv) falando sobre seus amigos imaginários. Eu achei a proposta bem interessante já que o Pedro têm alguns amiguinhos desde seus 3 anos e seria bem legal falar sobre eles.
Bom, gravamos a reportagem na terça (19) e ela foi ao ar ontem.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Mãe de menino

Ser mãe de menino é aprender a jogar bola, brincar de carrinho, peão e futebol de botão e pensar... Por que não fiz tudo isso na minha infância se é tão divertido?
É aprender o nome de diferentes tipos de caminhões, carros, aviões e demais veículos. Conhecer todos os super-heróis pelo nome, uniforme e superpoderes. 
Ser camarada de monstros, lobos, vilões e demais seres fantásticos, é ser pirata, motorista, piloto de avião, super-herói e dinossauro. É assumir papel de herói ou vilão, e se preparar porque a cada dia tem uma nova emoção. 
Ter pique para jogar bola e correr e jogar bola e correr e correr e correr e correr e correr mais um pouco. 
Ser mãe de menino é sentir-se uma princesa protegida de monstros e bicho papão, pois tenho um príncipe valente que não me deixa na mão.
É descobrir que a cor azul é tão linda quanto a rosa, é ganhar beijo na boca, ter a face acariciada e ser chamada de linda, muitas vezes ao dia. 
Ser mãe de menino é ouvir das pessoas que o sexo masculino é estúpido e mal educado e, provar com muito carinho que isso dependerá muito da educação que ele vai receber!
Eu AMO ser mãe de menino!

Fonte: Pensador
Autora:Letícia Thompson

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

E ela ainda não anda?

Às vésperas de completar 1 aninho eu já ouvia muito a tal pergunta: "ela vai fazer 1 ano e ainda não anda?". 
Agora que minha pequena acaba de completar seu primeiro aniversário, são inumeráveis vezes que preciso responder com um lindo sorriso amarelo, e porque não até justificar que minha filha ainda não anda. Não tem uma só pessoa que não nos pergunte dos primeiros passinhos, e na negativa ouço "Mas como assim não anda? Que pena", "Você estimula?", "Mas menina costuma ser mais espertinha, andar antes do meninos". 
O pior é ainda ouvir que o fulano de tal andou com 8 meses, falou com 9 meses e saiu das fraldas com 1 aninho... Como se ser adiantado, fazer tudo antes dos outros fosse algo tão importante assim, exemplo de criança bem sucedida, mais inteligente. Sei que quem pergunta não deve fazer por maldade, mas vamos lá... Por que ter pressa?
Ora, vejam só... Beatriz é um foguetinho, super alegre, arteira, curiosa...  E principalmente, curte todas as fases com tranquilidade... Aprendeu a elevar o tronco, rolar, engatinhar, ficar em pé apoiada, tudo no seu tempo. Eu como mãe claro que fico na torcida... Procuro estimular, mas sem forçar a barra, sem entrar em paranoia de que outras crianças da mesma idade já andam, de como o irmão fez ou deixou de fazer.
E sigo com o mantra - "Cada criança tem seu tempo!".

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

1 ano de Beatriz




Hoje minha bebê faz 1 ano! 1 aninho de Beatriz! 1 ano inteiro de você minha boneca! 365 dias de aprendizado, encantamento, surpresas e muitas alegrias.
Bea, nossa pequena grande menina, tão amada, tão desejada.
Feliz aniversário pequena! Obrigada por você estar aqui, por ser tão linda e perfeitinha, do jeito que só você poderia ser!
Te amamos muito!
Mamãe, Papai e Pedrinho

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Amor de irmão


Antes de a Beatriz nascer, eu temia por não saber como seria a reação do Pedro à chegada da irmã. Mais do que isso, me preocupava muito em como seria essa relação entre irmãos, afinal, a chegada de um irmão faz que a criança mais velha precise lidar com o que é novo, diferente. 

Durante a gravidez, o Pedro não ligava muito para a minha barriga, não se interessava pela irmã, e se perguntassem algo sobre ela , ele dizia que ela estava bem e ponto final. 
Mas, no instante em que Pedro entrou no quarto do hospital para conhecer a Beatriz, o amor tomou forma. Foi tanto encanto, emoção, euforia... sim, ele estava conhecendo a irmãzinha! 
Recordo-me de que a Beatriz estava no meu colo, me abaixei e a mostrei para o Pedro. Ele tocou o rostinho dela com apenas um dedo, como se fosse conferir se aquele serzinho era de verdade, parecia não acreditar que ali, diante dos próprios olhinhos, estava a sua pequena irmã. Sem medo algum quis segurá-la no colo. Ele a olhava e sorria. Não foi só a Beatriz que nasceu em 7 de Fevereiro, naquele dia, nascia também um irmão. 
Na hora da despedida foi um choro só. Pedro não queria mais se separar da irmãzinha. 
Dias depois, já em casa, com a euforia inicial controlada, percebo um Pedro diferente: mais carinhoso, calmo e feliz. Exatamente o contrário do que eu imaginava, não houve regressão no comportamento dele, nem tampouco estresse ou agressividade. 
Hoje, alguns meses após a chegada da Bia, Pedro cuida da irmã com um tipo de zelo que só um menino de quatro anos pode ter. Brinco que é tanto amor que ele sente por ela que até dói! São tantos beijos, abraços apertados, palavras de carinho... 
A Beatriz percebe esse carinho e retribui com olhares e sorrisos. Quando está perto do irmão só tem olhos para ele. 
Claro que essa relação de amor não é perfeita, existem sim momentos de ciúmes, mas isso passa rápido e logo os dois estão grudadinhos de novo. 
Vendo essa relação, a troca de afeto, o quanto eles estão aprendendo juntos, sei que a decisão de ter outro filho foi certa. Acho que o amor entre irmãos deve nascer assim, no olhar, no contato, na convivência diária. 

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Medo!

Que o medo está presente na vida de todos nós isso não é novidade. Que criança sente muito mais medo do que nós adultos também não. Mas e quando o medo dos pequenos é tanto que chega a "atrapalhar" alguns momentos e situações?
Por aqui temos enfrentado alguns episódios com o Pedrinho. Dentre muitos os piores são e o velho conhecido medo do escuro e de pesadelos e um pavor incontrolável de cinemas.
Pedro tem muito medo de cinema e filmes 3D. Sim, parece absurdo, mas a soma de fatores como sala escura, som muitíssimo alto e personagens voando em nossa direção deixa meu menino apavorado. Dias atrás Pe foi ao cinema com o papai assistir "Detona Ralph". Estavam animados, compraram refri e pipoca, entraram na sala, mas foi só apagar as luzes e começar o triller que imediatamente ele entrou em pânico, começou a chorar, tremer e simplesmente tiveram que sair do cinema.

Por que as crianças sentem medo
É na infância, sobretudo até os 5 anos, que uma série de temores aflora de maneira mais intensa. Aprenda a detectá-los e deixar os baixinhos mais tranquilos nessa hora
O medo faz parte da natureza humana. É um estado emocional que ativa os sinais de alerta do corpo diante dos perigos e uma importante etapa do amadurecimento afetivo de bebês. A tarefa dos pais é ajudá-los a lidar com os próprios temores, que tendem a florescer ainda mais nos primeiros aninhos de vida. Mas qual o limite entre o medo normal e o exagerado? O que fazer quando o pequeno começa a sofrer? Para a psicóloga Maria Tereza Maldonado, de São Paulo, o saudável é buscar o equilíbrio. “A falta de medo expõe a criança ao risco e o excesso dele faz com que ela se feche, numa espécie de prisão sentimental”, explica a especialista. “O ideal é ajudar a criança a identificar o medo ‘amigo’ e o medo ‘inimigo’. O primeiro ela deve obedecer, e o segundo, desobedecer.”

Na prática, o que se espera é que o pequeno aprenda a dominar seus temores e não ser dominado por eles, assim como acontece com os adultos. A diferença é que meninos e meninas têm uma percepção mais inocente dos acontecimentos, uma imaginação bastante fértil e uma menor capacidade de discernimento dos fatos. “Esses três ingredientes juntos transformam um simples ralo de piscina na mais pavorosa ameaça à vida humana”, ilustra Maria Tereza, cujo filho passou por essa situação. “Ele viu uma folha ser tragada pelo ralo e deduziu que o mesmo aconteceria com qualquer um que entrasse na água.”
Identificar a origem ou mesmo a existência do medo infantil exige dedicação. É preciso estar atento aos sinais demonstrados pela criança e saber conversar com ela sobre o que lhe causa pavor. Os pais e os responsáveis devem dar corda e valorizar tudo o que a garotada diz. Também precisam lembrar-se de que nem sempre os pequenos se comunicam por palavras. “A oportunidade de se expressar dá à criança a chance de encontrar a saída sozinha”, garante Maria Tereza.

Sintomas
O medo excessivo causa reações fisiológicas e comportamentais na criança. Coração palpitante, calafrios, suor nos pés e nas mãos, sono intranquilo, descontrole para fazer xixi, diarreia e dor de barriga são alguns dos indícios do problema. “Quando esse quadro se instala, a saúde da criança pode ser prejudicada por causa de uma desidratação ou anemia, por exemplo”, alerta a psicopedagoga Eliane Pisani Leite. As reações comportamentais – inibição e agressividade – por sua vez prejudicam a rotina da criança, mas podem se agravar e virar fobias, caracterizadas por reações exageradas que fogem ao controle da criança. Para detectar essas situações o quanto antes, conheça os principais tipos de medo.

Tipos de medo comuns na infância
O pediatra carioca Júlio Dickestein diz que o medo costuma surgir diante de alguns elementos reais na vida de uma criança: o médico, a creche ou escola, a alimentação, a violência e a dor recorrente. Essas causas reais geram um medo verdadeiro, mas também podem derivar para estados secundários (medo de escuro, de monstros etc.). “Cada criança reage de uma maneira e o temor pode se tornar banal ou catastrófico”, explica o médico. “O importante é que os pais saibam a origem do medo, que acaba se manifestando de forma mais clara quando a criança fica sozinha ou está em lugares escuros”, explica o pediatra.

• Médico
A criança já chega estressada à consulta. Tudo é diferente. Em seguida, fica sem roupa diante de um estranho com objetos ameaçadores, que são postos na garganta, no ouvido, no peito... Isso sem falar na injeção. Para minimizar o apavoramento que tanta novidade causa, brinquedos podem ser ótimos aliados.

• Creche e escola
É uma etapa difícil para qualquer criança: separar-se dos pais por períodos prolongados pela primeira vez. Os pequenos se sentem desprotegidos na fase de adaptação. Para seu filho ficar mais seguro, seja fiel aos horários. Esteja esperando por ele na hora da saída da creche ou da escola.

• Alimentação
A comida leva a um círculo vicioso muito comum. Os pais querem que a criança coma, mas a criança não quer comer. E, quanto mais eles forçam, pior fica a situação. Resultado: o pequeno trava à mesa. Tornar a refeição um momento descontraído é uma boa forma de diluir esse amedrontamento. Procure enaltecer os prazeres proporcionados pelos alimentos (isso vale mais do que festejar quando a criança come ou castigar quando recusa um alimento).

• Dor permanente
Costuma estar associada a doenças. Por exemplo, à intolerância a algum tipo de alimento, como o leite. As cólicas persistentes fazem com que a criança fique alarmada diante da comida. Nessa situação, não engane seu filho. Diga a verdade sobre a relação entre o alimento e a dor que sente. O pediatra sempre poderá ajudar você a traduzir para a linguagem do pequeno essa relação.

• Violência
É o tema mais difícil de abordar, mas infelizmente acontece com frequência. O pior é que essa causa tem a ver diretamente com os pais. Da negligência afetiva (mãe e pai que deixam os filhos emocionalmente desamparados porque estão sempre cansados do trabalho, por exemplo) à palmada, de ameaças a humilhações, todo tipo de sofrimento físico e psíquico causado à meninada pode gerar medo e marcar o pequeno pela vida toda.

Medos infantis secundários
Eles podem ser derivados de situações de medo real que a criança viveu ou aparecerem sem justificativa por causa da imaginação fértil das crianças.

Escuridão
A falta de luz favorece a imaginação das crianças. Nesse cenário, vultos e sons podem ganhar dimensão e se transformar em figuras amedrontadoras na cabecinha delas. Alguns segundos no escuro antes de dormir, conversando com o pai ou a mãe, são uma forma de estimular a criança a vencer a inquietação. Deixar uma luz indireta próxima à cama também colabora.

Ficar sozinho
Na cabeça da criança, a ausência de uma pessoa da família por perto pode significar que ela está à mercê de todos os perigos. Deixe absolutamente claro que ela não vai ficar desamparada e que você não vai desaparecer da vida dela! Mas fale sempre a verdade, de preferência olhando nos olhos dela. Diga ao pequeno que você vai, mas que volta. Em geral, é aconselhável estimular a criança a enfrentar esse medo aos poucos. Isso faz com que ela desenvolva a autoconfiança e se sinta cada vez mais segura. É importante não confundir medo com birra. O choro pode ter vários significados. Um escândalo na porta da escola ou na casa da avó nem sempre é sinal só de pavor. Fique atento ao semblante da criança e procure acalmá-la sempre, conversando.

Fantasia
Monstros, fantasmas, bichos-papões e homens do saco sempre farão parte do imaginário infantil. Afinal, são elementos presentes nas historinhas que as crianças ouvem e assistem e nas brincadeiras que fazem. Esse universo lúdico é fundamental para o desenvolvimento dos pequenos ao estimular sua capacidade inventiva, função importante do pensamento. Mas ele também pode alimentar os chamados medos “inimigos”, principalmente quando os pequenos estão sozinhos ou no escuro. Nessa hora, a conversa e a brincadeira são as melhores ferramentas para ajudar meninos e meninas a lidar com suas fantasias. Exemplo: a sombra na parede pode se transformar em aliada no enfrentamento de medos (em vez de causá-los).

Terror noturno
É um medo patológico que, estima-se, atinge até 15% das crianças em idade pré-escolar. As causas não estão totalmente esclarecidas. O pequeno acorda sobressaltado durante a noite e demonstra estar mais apavorado do que o razoável, com semblante de terror. É difícil acalmá-lo. Ele praticamente não consegue acordar completamente durante a crise e costuma transpirar bastante. O coração também dispara. Em geral, a criança não se lembra do que a assustou ou tem apenas uma lembrança imprecisa de algo pavoroso durante o sono. Nesse caso, é importante sempre tranquilizá-lo sem gritos e buscar ajuda profissional de psicólogos ou psiquiatras.

Medos reais
São os chamados medos “amigos” porque protegem a criança dos riscos oferecidos por escadas, estranhos, animais, lugares altos, água, por exemplo. Devem ser estimulados com informação para que ela desenvolva a cautela sem exageros. Assim, terá a percepção do risco e a atitude de autoproteção, conseguindo enfrentar a situação de uma maneira menos sofrida.

Medos comuns por idade
·         0 a 18 meses
Barulhos estranhos ou altos, luzes intensas, pessoas estranhas e riscos de quedas. O bebê chora ou fica irritadiço e agitado.
·         18 a 36 meses
Água, pessoas mascaradas (Papai Noel), escola e tudo o que for estranho à sua rotina. É importante saber que a zona de conforto do bebê está ligada à ordem.
·         3 a 5 anos
Fantasias assustadoras, como monstros e fantasmas. É a fase da imaginação fértil, que pode se intensificar na hora de dormir. Ela acontece por causa do desenvolvimento da massa cinzenta. Vale lembrar que a capacidade de imaginação aumenta à medida que ocorre o desenvolvimento biológico do cérebro.
·         A partir dos 6 anos
Medos mais vinculados à realidade, como o de ladrões e o de acidentes em geral. A família deve transmitir a malícia necessária para a criança ter segurança. Nessa hora, é importante demonstrar como agir em uma piscina ou, então, o que fazer diante do assédio de estranhos.

Como lidar com o medo infantil
- Dê atenção, questione e estimule a criança a enfrentar o medo irreal (ou inimigo): ela encontrará sozinha uma solução para suas fantasias. Exemplo: a sombra na parede pode se transformar em uma aliada no confronto dos medos (em vez de causá-los).
- Não gaste tempo demais falando sobre o assunto para evitar que a criança fique ainda mais ansiosa. Mude de tópico, distraia.
- Fale a verdade sobre os medos reais (ou amigos) para que a criança construa noções de perigo. Exemplo: ela tem de saber que escadas, piscinas e animais presos representam riscos. Mas faça isso sem aterrorizá-la.
- Brinque com seu filho e entre na fantasia dele (a do bicho-papão, por exemplo): experiências lúdicas ajudam os pequenos a lidar com seus anseios.
- Bonecos e brinquedos treinam a criança para a vida. Os pequenos costumam representar em brincadeiras o sentimento de medo frente a uma situação real, como a ida a um hospital. 
- Avalie a intensidade do medo e fique atenta para o limite da normalidade, que é a rotina saudável de vida. 
- Faça a apresentação formal das pessoas para que a criança saiba que aquele estranho tem autorização do pai para se aproximar. É verdade que nem sempre isso funciona. Nesse caso, é preciso ter paciência e saber dar tempo ao tempo. Essa fase passa. Mas é importante não confundir o choro da criança que fica sem a mãe a semana inteira e não quer largar o colo no fim de semana do choro de medo de estranhos. 
- Ofereça objetos para ela se sentir mais segura, principalmente na hora de dormir sozinha. São os chamados objetos transicionais, que reduzem a ansiedade da criança durante a passagem da vida desperta para o sono. Pode ser o famoso ursinho, o naná, a boneca e até a mantinha. O importante é que ele tenha algo familiar à mão para enfrentar os temores na hora de dormir. 
- Jamais use o medo da criança como meio de poder: além de cruéis, ameaças de deixar o filho sozinho ou no escuro reforçam o medo inimigo.


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