De repente, aquela criança meiga e obediente, que era seu anjinho, passa a berrar, gritar, espernear diante de qualquer contrariedade. Bate, debate-se e atira o que estiver à mão para todos os lados. Choraminga cada vez que solicita algo. Diz não para tudo, resiste em seguir qualquer orientação sua, a aceitar com tranquilidade suas decisões, seja para trocar uma roupa, sair de um local, guardar um brinquedo e já não atende seus pedidos mais simples. Parece ser sempre “do contra”. O que será que está acontecendo?
A fase dos dois anos de idade é um período de grandes mudanças para a criança. Até então, ela seguia os modelos e decisões dos pais. Gradualmente, ela passa a se perceber como indivíduo, com desejos e opiniões próprias e isso gera uma enorme necessidade de tomar decisões e fazer escolhas por si. Sem dúvida, isso acaba gerando uma grande resistência em seguir os pedidos dos pais. Não é exatamente uma ação consciente da criança, mas uma tentativa de atender a esse desejo interior, a essa descoberta de si como ser “independente” dos pais.
Alguns especialistas chamam esse período de “terrible twos” ou terríveis dois anos, outros o chamam de “primeira adolescência”. O fato é que a principal característica dessa fase (que pode ir de 1 ano e meio a 3 anos de idade) é a oposição. Nosso pequeno insiste em querer exatamente o oposto do que queremos. Temos expectativas positivas e até razoáveis, mas ele insiste em dizer "NÃO!" ou simplesmente em se debulhar em lágrimas.
E o que fazer para passar por esta fase delicada sem causar prejuízos para o desenvolvimento saudável dos nossos filhos?
Tudo isso acontece porque, ao mesmo tempo em que a criança quer tomar suas decisões, ela ainda tem muitas dificuldades para fazê-lo, dado que ainda não tem maturidade suficiente. Ela discorda até dela mesma! Se você pergunta o que ela quer comer, naturalmente responde: “macarrão”. Mas quando você chega com o prato de comida ela diz: “eu não quero isso!”. Suponha que você está com pressa para ir a algum lugar. Seu filho está de ótimo humor até você dizer “preciso que você entre no carro agora”. Ele fará tudo, menos atender à sua solicitação.
É uma fase difícil para os pais e também para as crianças. É uma experiência intensa emocionalmente e repleta de conflitos, pois, ao mesmo tempo em que a criança busca essa identidade, ela não quer desagradar seus pais (por mais que isso não pareça possível).
A criança tem como dever adquirir habilidades para fazer escolhas apropriadas. E para ajudá-la nessa tarefa, ofereça a ela opções determinadas em todas as oportunidades. A criança ainda precisa da segurança de saber que não está sozinha e não tem a obrigação de saber e decidir tudo. Ele pode demonstrar frustração ao receber direcionamentos, mas ficará perdido se receber muitas alternativas, o que o deixará mais angustiado. Duas ou três alternativas são suficientes. Tenha certeza de que suas alternativas são possíveis de serem cumpridas. Quando chegar a hora de comer, ao invés de perguntar “o que quer comer?”, diga “você quer uma banana ou uma maçã?”. Isso fará seu filho sentir os limites impostos por você (dando-lhe segurança), mas ao mesmo tempo a liberdade de exercer seu poder sobre esses limites.
Paciência, firmeza e determinação ajudarão a superar essa fase.
http://www.dican.com.br/blog/blog.asp?idAut=5&idB=79
Larissa Fonseca é pedagoga, pós-graduada em educação infantil e psicopedagogia. Especialista no Universo do Brincar pelo Centro de Estudos Filosóficos Palas Athena e em psicanálise e educação pelo Instituto de Psicologia da USP. Coordenadora pedagógica da Escola de Educação Infantil Bilíngue Tiny People.
Larissa Fonseca é pedagoga, pós-graduada em educação infantil e psicopedagogia. Especialista no Universo do Brincar pelo Centro de Estudos Filosóficos Palas Athena e em psicanálise e educação pelo Instituto de Psicologia da USP. Coordenadora pedagógica da Escola de Educação Infantil Bilíngue Tiny People.
Amiga...
ResponderExcluirSe eu te falar que a Ju já demonstra certa rebeldia vc acredita???
Bjao
É isso aí amiga, faz parte, nós é que temos pra estar preparados pra driblar e orienta-los da melhor forma possível, o duro é respirar fundo e não se stressar, rsrsrsrs.
ResponderExcluirCoragem pra nós.
Vai ver depois dos 3, querem mandar na gente e só faz oque quer, mais é bom demais.
ResponderExcluirO Pedro tá lindo.
Beijos
o Gui nem chegou aos 2 anos e já me deixa de cabelos em pé!!!!! rs
ResponderExcluirbjos
Oi Mari tb to passando pela mesma coisa que vc, o Víctor entrou nos 2 anos e já vai fazer 2 anos e 1 mes e parece que o menino ficou do contra essa madrugada mesmo se levantou as 3:30 da manhã e não voltou a dormir mais, deixando eu e o pai dele malucos de tanto sono... hehehehehe
ResponderExcluirbjos
Oie Mari , saudades.Ai amiga estou arrasada tbm pela comunidade, mães amigas que nem sabem do ocorrido e com certeza vão lá procurar suas páginas e não encontrarão, e mais perdemos contato com elas.Mas fiz facebook pra ficar mais perto de umas que não me acompanham no blog ou orkut.Quanto a poesia de seu lindo pode deixar que faço sim e te aviso , deixarei homenagem no blog.
ResponderExcluirEsta fase de 2 anos acho que é bem menos que 3 srsrrs.Alice tá demais , escolhe a roupa e de uma em uma hora muda rsrsrrsr e haja roupa! bjsssssssssss
amiga davi ja é terrivelll fica bravo , furioso..rsrsrs
ResponderExcluirolha o q me aguarda
bjuss
ai ai ai..sei bem o que é isso.. a 1ª adolecencia do meu começou aos 2 e não parou mais,acho que vai emendar...kkkk...o Enzo ja está com 4 ,mas os ataques de birra são constantes e n passam...beijos e vamos aprendendo a lidar com essas ferinhas!!!
ResponderExcluirputz, aqui estamos na mesma, e já teve consequências difíceis... caio se machucou feio num desses "ataques", foi dureza, contei lá no blog... mas vamos aprendendo a lidar, né? e até nas fases difícies eles são umas delícias, então, tá valendo!!
ResponderExcluiradorei esse texto, de onde você tirou?
beijo,
Thaís
Oi Mari, que fase difícil é essa, né?
ResponderExcluirA Rafa entrou nessa fase do não e das birras a uns 4 meses atrás, ela gritava, se esperneava, se jogava no chão... mas quer uma boa notícia, nem sempre essa fase dura por muito tempo, ela já está bem melhor... é claro que tem seus momentos de piti, mas é cada vez mais raro. Ela já não se joga mais no chão, até porque ela viu que isso não iria funcionar já que não dávamos atenção a ela, sempre esperávamos ela se acalmar pra poder conversar. Os nãos também já são contornados (na maioria das vezes) com conversas. Eu diria que ela agora está manhosa, quando quer alguma coisa já vem com aquele chorinho arrastado seguido por um mamãeeeeeeee. Amiga, força, paciencia, quem sabe o Pedrinho também não passe rapidinho por essa fase chatinha. Bjs
Thais, tirei o texto do site da Dican... http://www.dican.com.br/blog/blog.asp?idAut=5&idB=79
ResponderExcluirbeijinhos
Ai amiga Miguel já está nessa fase, é muito dificil lidar com isso, eu procuro ser firme e fico com o coração partido mas temos que ser né...
ResponderExcluirBeijocas
Carla e Miguel
ai... os "terribles twos" tambem já me renderam boas pesquisas na internet, e leitura de livros para entendê-la... Mas no final tudo se resume, em paciência e acreditar que é uma fase e vai passar.
ResponderExcluirobrigada pela visita e pelo comentário.
Vou te linkar lá no Astronauta. bjs
ps.: O Pedro é um fofo, e essa foto do cabeçalho é um arraso!
Acabei de escrever um texto enorme pra comentar... postei e não apareceu nada...rsrsrs VAdorei esse texto e, por isso postei ele no meu blog tbm, espero que vc n se zangue. Estou ha tanto tempo sem postar, na verdade desde o ano passado quando fiz o blog só paostei 2 vezes, relaxei, que vergonha!
ResponderExcluirO Vinicius tem hj 2 anos e 2 meses está na fase do não, das birras e de se jogar no chão e ali permanecer por longos minutos que parecem quando estou com pressa 1 eternidade e por mais q n tenha ninguém por perto sinto vergonha e parece que tem um mar me olhando... aff rsrs Ontem eu perguntei algo pra ele, não, não! Na realidade eu pedi que ele se levantasse pra eu poder arrumá-lo para a escolinha e ele olho pra mim e disse: na na ni na não mamãe! rsrsrs Não é muito fácil! bjos
Larissa conheci seu blog e curti muito. Estou descobrindo um universo de mães blogueiras... delícia essas trocas.
ResponderExcluirColoquei o link do seu blog no meu - ioly.asp.blog.uol.com.br - "Mãe de verdade, verdades de mãe"
Qdo aparecer deixa um comentário.
Vou aproveitar suas experiências e conselhos, psicopedagoga falando a gente leva a sério.
bj
Ioly
Ai, que meda! O meu tá chegando nessa fase...
ResponderExcluirOlá, mamães, se acalmem que essa é só mais uma fase na vida dos pequenos.
ResponderExcluirTem que ter paciência e firmeza!
Tudo faz parte dessa desafiadora porém infinitamente mais prazerosa "tarefa" de educar nossos pequenos.
Só uma retificação: atualmente coordeno outra escola de ensino bilíngue e não mais a descrita no artigo
Dúvidas: www.larissafonseca.com.br