"Dez mil cambalhotas
Cem mil cambalhotas
Bravo, bravo
Maxicambalhotas
Extracambalhotas
Bravo, bravo
Salta além
Da extratosfera
E cai onde
cair..."
Mãos apoiadas e pés empurrando o chão. O quadril vai levantando e... opa! Que delícia! O corpo rola...
A emoção de estar de cabeça para baixo, a incerteza de onde se está no espaço e a vertigem combinadas fazem da cambalhota uma atividade apreciável pela maioria das crianças.
O primeiro objeto percebido pela criança é o seu próprio corpo. Ela o percebe por meio de todos os sentidos. Seu corpo ocupa um espaço no ambiente em função do tempo, capta imagens, percebe sons, sente cheiros e sabores, dor e calor, movimenta-se... A entidade corpo é o referencial. Assim, o corpo é utilizado como meio de ação, de conhecimento e de relação com os outros. É pelo movimento que as crianças, além de se divertirem, criam, interpretam e se relacionam com o mundo em que vivem.
De acordo com Piaget, a atividade lúdica surge primeiramente sob a forma de simples exercícios motores, que dependem apenas da maturação do aparelho motor para sua realização. Consistem na repetição de gestos e movimentos simples, com valor exploratório, para exercitar os movimentos do próprio corpo, seu ritmo, cadência e desembaraço, ou então para sentir o efeito de sua ação. A finalidade desses exercícios motores é tão somente o prazer da conquista do corpo.
Na infância é muito importante a valorização das ações e o incentivo à exploração de todas as formas possíveis de expressão. Como nesta etapa a criança está em pleno desenvolvimento motor, quanto mais experiências tiver, mais fácil será para aprender coisas mais complexas.
O rolamento, popularmente conhecido como cambalhota, é um padrão de movimento fundamental que faz parte dos esportes como ginástica acrobática, artes marciais, natação (virada olímpica), mergulho (entrada na água), dentre vários outros.
Ao virar cambalhota, a criança desenvolve a adaptação e domínio da alternância dinâmica de posições corporais e experimenta a sensação de rolar e recuperar o equilíbrio, promovendo adaptação às rotações. Além disso, a cambalhota exige da criança controle muscular, dá elasticidade à coluna e trabalha toda a circulação. Quanto mais a criança se dobra, se arredonda, mais músculos utiliza e a circulação trabalha, oxigena o corpo, afirma o coreógrafo Ivaldo Bertazzo.
Se ainda não consegue virar cambalhota sozinha, a criança pode ser auxiliada por um adulto que com uma das mãos lhe flexionará o pescoço para manter o queixo próximo ao peito e, com a outra mão apoiada na parte posterior da coxa, conduzirá a realização do rolamento no sentido do giro.
David Gallahue, doutor em educação pela Universidade de Indiana, afirma que a conscientização corporal e espacial exigidas do indivíduo em qualquer atividade que envolva rotação do corpo em torno do seu próprio eixo são enormes. Portanto, é essencial que a criança tenha várias oportunidades para desenvolver sua habilidade de rolar.
O importante é que a criança tenha prazer e segurança para o movimento e um ambiente propício: liso, firme e macio.
por Lorena Galvão Werkhäuser
Fonte: Boobambu
rs Pedrinho fazendo cambalhotas,uma graça.rs
ResponderExcluirBjocas em vcs
carla e Miguel
Oi Mari,
ResponderExcluirSaudade daqui. Tem um tempinho quenão visito, né?
Amei o texto. As minhas amam dr cambalhotas. Agora estão na fase de dar cambalhota dentro d'água.
beijos
Chris
http://inventandocomamamae.blogspot.com/
Olá!
ResponderExcluirA minha filha adora dar cambalhoras, tá maior que o seu filho, bem maiorzinha, mas o gosto por esse exercício ficou mais forte agora.
Querida, você está no TOP FIVE da postagem de ontem no Recanto das Mamães Blogueiras, passa lá pra dar uma conferida.
Beijinhos.